A Hora da Estrela | Audrey Hepburn

A atriz escolhida para nossa lembrança no “A Hora da Estrela” é Audrey Hepburn. Ela passou fome durante a Segunda Guerra, venceu mais prêmios do que você podemos imaginar, falava cinco línguas e foi embaixadora da UNICEF. Audrey é inspiração para todos nós. Ela foi muito mais que uma bonequinha de luxo.
No dia 5 de outubro de 1961, chegava aos cinemas um dos filmes mais icônicos do cinema mundial “Bonequinha de Luxo”. O longa deu status de clássico ao conto homônimo de Truman Capote e elevou sua atriz principal ao nível mais alto de Hollywood. O vestido preto Givenchy usado por Audrey Hepburn é até hoje uma das peças de roupa mais lendárias do cinema. Audrey virou ícone de moda e beleza, sempre comparada à Marilyn Monroe, cuja marca registrada era o sex appeal. Marilyn entrou para a história como mulher fatal e Audrey como símbolo de requinte e elegância.
Hepburn estrelou diversos filmes, além de “Bonequinha de Luxo” e “A Princesa e o Plebeu”, filme que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, além de indicações ao Globo de Ouro, ao BAFTA e ao NYFCC Award. Três dias após a cerimônia do Oscar, recebeu o Tony por sua atuação em “Ondine”. Foi a quinta artista, e a terceira mulher, a conseguir ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT – acrônimo de Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Em 08 de fevereiro de 1960, ganhou uma estrela na Calçada da fama de Hollywood, em homenagem a sua dedicação e contribuição ao cinema mundial.
Em 1952, estava participando das gravações na França de “Montercarlo Baby”, onde ela conheceu a escritora Collette. Naquela época, Collette trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey, decidiu que ela seria a sua Gigi. As críticas para Gigi não foram de todo favoráveis, mas era opinião geral que aquela desconhecida que interpretava o papel principal era destinada ao sucesso. Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de audição do filme “A Princesa e O Plebeu”. Onde o diretor William Wyler ficou encantado com a atriz, e escalou Audrey para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com o magnifico Gregory Peck.
“Cinderela em Paris” (1957) é também um dos grandes filmes da filmografia de Audrey.
Em se tratando de Audrey, seu currículo é muito mais amplo do que as caras, bocas e silhueta esguia de Holly Golightly. Ela foi uma atriz formidável, indicada ao Oscar cinco vezes. Curiosamente, depois de alcançar o sucesso absoluto, ela decidiu abdicar do glamour de Hollywood para voltar à Europa e levar uma vida mais modesta. Sem nunca esquecer que foi a comida fornecida pela United Nations Relief and Rehabitation Administration (organização que originou a UNICEF) que salvou sua vida no final da Segunda Guerra, Audrey resolveu se aliar à causa. Lançou-se ao trabalho voluntário em 1987 e tornou-se embaixadora da instituição, viajando a várias regiões carentes pelo mundo. Trabalhou pela UNICEF até o fim da vida.
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Igor Quadros